sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Programa Gulbenkian Ambiente elege 15 projectos nacionais

O Programa Gulbenkian Ambiente vai financiar 15 projectos no âmbito da segunda edição do concurso AGIR AMBIENTE 2008 – Acções Gulbenkian de Informação e Realização em Ambiente, num total de 75 mil euros. O tema desta edição do AGIR AMBIENTE incide sobre a biodiversidade e estilos de vida. Os projectos a desenvolver por várias entidades – escolas, universidades, câmaras municipais, organizações não governamentais ligadas ao ambiente -, começam em Janeiro e prolongam-se até ao final de Junho de 2009. O público a que se destinam as propostas apoiadas é abrangente, incluindo desde estudantes do ensino secundário até profissionais de turismo.


O concurso AGIR AMBIENTE 2008 visa promover acções relevantes de formação e de disseminação de conhecimento, com interesse pedagógico e didáctico para o desenvolvimento de uma cidadania mais ambiental, bem como propostas inovadoras, indutoras de aperfeiçoamento da consciência ambiental dos jovens – e das comunidades escolares onde estes se integrem –, passíveis de alterarem comportamentos, individuais e colectivos, num sentido de maior sustentabilidade, de maior respeito pela biodiversidade, quer urbana quer não urbana.


Os 15 projectos seleccionados, entre 157 candidaturas apresentadas, distribuem-se por todo o país, com acções mais ou menos localizadas. As entidades contempladas são: Centro de Investigação Marinha e Ambiental – Laboratório Associado (Porto), Vasco da Gama – Centro de Estudos e Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Beja, Instituto das Comunidades Educativas (Santiago do Cacém), Escola Secundária de Odemira, Associação Aldeia (Campo Maior), Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal, Universidade de Aveiro, Santa Casa da Misericórdia de Caminha, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Câmara Municipal da Moita, Câmara Municipal do Montijo, Associação de Defesa do Património de Mértola, Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz) e Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

in site da Fundação Calouste Gulbenkian

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Rota do Megalitismo (Alhadas)



Dia 15 de Novembro



Partida (portão principal) às 9 horas

Regresso às 13 horas





Programa:
9h30 Rota Pedestre do megalitismo



Não esquecer calçado confortável, protector solar, chapéu, agasalho contra o frio, vento ou chuva, água e um pequeno lanche.
Não esquecer equipamentos de fotografia, video e audio.
Não esquecer lápis e caderno de notas e desenho.

Duração do percurso: 3 a 4 horas
Distância do percurso: 10km
Dificuldade Média

Póster


A fotografia é do Rui Albano.
O trabalho de composição da Directora de Turma, Sofia Soares.

domingo, 9 de novembro de 2008

Rota Pedestre das Salinas


Inciámos a nossa caminhada em busca da biodiversidade das salinas e encontrámo-la a cada passo.
Decidimos fazer um Póster para divulgação à comunidade educativa.

Armazém do Sal



O trabalho e o saber dos marnotos está presente neste armazém.

Sentimos uma certa melancolia quando passávamos por armazéns abandonados, outrora cheios de vida.

Sonhámos com a sua reconstrução.

Decidimos imortalizá-los.

Núcleo Museológico do Sal




(um cristal de sal)...
é um sopro do vento, é um pedaço do mar, é um átomo do sol, é uma lágrima, é uma gota de suor.
é, por isso, Água, Terra, Fogo, Ar e também trabalho, muito trabalho; é tudo e é apenas um pequeno cristal de sal...
in, Boletim Informativo do Núcleo Museológico do Sal.
Percebemos que as salinas e o sal são uma actividade em que se cruzam múltilplos aspectos: históricos, etnográficos, paisagísticos, ambientais e económicos que devem ser abordados de forma integrada. Para esta compreensão integrada muito agradecemos às Professoras Isabel Sineiro e Sofia Soares.
Sentimos que o núcleo museológico é um espaço vivo e um local excelente para passar umas horas em contacto com a natureza. Não deixem de visitar, vão ficar encantados.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Saída de Campo - Rota das Salinas


Dia 8 de Novembro

Partida (portão principal) às 9 horas

Regresso às 13 horas

Programa:

9.30h Visita Guiada ao EcoMuseu do Sal

10.30 Rota Pedestre

Não esquecer calçado confortável, protector solar, chapéu, agasalho contra o frio, vento ou chuva, água e um pequeno lanche.
Não esquecer equipamentos de fotografia, video e audio.
Não esquecer lápis e caderno de notas e desenho.

Duração do percurso: 2h30

Distância do percurso: 4km

Dificuldade fácil

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Rota das Salinas


O percurso percorre as salinas do grupo de Lavos, localizadas na margem sul do Mondego.
A arte do salgado, prodígio da obra humana, criou na paisagem uma magnífica geometria de formas exemplares que decaiu ao longo dos anos sendo hoje objecto de um projecto de reanimação centrado no Eco Museu do Sal.
Nestes ecossistemas únicos é frequente avistarmos patos-reais (Anas platyrhynchus), patos trombeteiros (Anas clypeata), marrequinhas (Anas crecca) e a piadeira (Anas Penélope) , bem como bandos crescentes de flamingos (Phoenicopterus ruber).
Entre os juncos e demais vegetação, nidifica uma variada comunidade de passeriformes dos quais se destacam o rouxinol grande dos caniços (Acrocephalus arundinaceus), a álveola amarela (Motocilla flava) e o Cartaxo (Saxicola torquata).
Pretende-se alargar esta rota para um segundo circuito na ilha da Morraceira, proporcionando a observação de uma mais vasta rede de esteiros, viveiros, marinhas e unidades de aquicultura semi-intensiva.
in PR 6/FF, da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Rota da Serra das Alhadas


Área humanizada onde existem alguns pequenos bosques de carvalhos (Quercus faginea), pinheiro bravo (Pinus pinaster) e pinheiro manso (Pinus pinea).
Em determinadas zonas, a vegetação constitui aquilo a que se chama maquis, ou seja, uma associação vegetal que forma um matagal denso, típico de terras siliciosas mediterrânicas.
Nas bermas dos caminhos podemos encontrar fetos (Pteridium aquilinum), madressilva (Lonicera splendida), lavândulas (Lavandula stoechas), dedaleiras ou sininhos (Digitalis purpúrea) e algumas orquídeas (Ophrys apifera).
Nesta rota pode observar-se o Dólmen das Caniçosas (sepultura pré-histórica) com cerca de 5000 anos integrada numa necrópole com mais duas dezenas de monumentos.
in PR 5/FF, da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Rota de Maiorca

Atravessa uma vasta área do Baixo Mondego, de elevada importância histórica, arqueológica, ecológica e sócio-económica.
Apesar da profunda humanização da paisagem, sobretudo devido à orizicultura, é possível observar uma grande biodiversidade natural.
Na avifauna destacam-se algumas espécies, nomeadamente: a cegonha-branca (Ciconia ciconia), a garça branca pequena (Egretta garzetta), a garça boieira (Bulbulcus ibis), o milhafre preto (Milvus migrans), a alvólola branca comum (Anas platyrhyncos).
O sistema hidrológico do baixo Mondego também constitui habitat para espécies como: o pato real (Anas platyrhyncos), os achigãs (Micropterus salmoides), enguias (Anguilla anguilla), e a raramente avistada lontra (Lutra lutra).
Entre os mamíferos realça-se a presença da gineta (Genetta genetta), o texugo (Meles meles) e a raposa (Vulpes vulpes).
in PR 1/FF, da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Rota da Serra da Boa Viagem


O percurso alia magníficas paisagens a uma riqueza natural e geológica.
Ao longo do caminho encontramos alguns exemplares de lentisco (Pistacia lentiscus), aderno (Rhamnus alaternus), carrasco (Quercus coccifera), medronheiro (Arbutus unedo), urzes (Erica sp.), mas quando a proximidade marítima é maior a vegetação arbustiva vai-se tornando menos densa.
Os cortes geológicos das arribas calcárias, ricas em registos fósseis, remetem-nos para o período jurássico, onde os dinossáurios (Megalossaurus insignis e M. Pombali) deixaram as suas pegadas.
Esta rota integra hoje o geomonumento do Cabo Mondego que é património geológico mundial, o que perspectiva futuramente a organização de um segundo circuito autónomo com carácter mais científico, vocacionado para o ensino geral das geociências, mas também para públicos mais vastos, como o académico.
in PR 3/FF, da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Objectivos do Projecto

▪ Conhecer os recursos e as potencialidades da zona costeira, do estuário, da serra, do rio e dos campos do Mondego;

▪ Divulgar os circuitos pedestres de uma forma integrada, intervindo nos que foram criados pela Câmara Municipal, mas que ainda apresentam grandes lacunas ao nível da informação sobre o património natural;

▪ Sensibilizar para a preservação dos recursos bióticos das zonas de intervenção;

▪ Promover uma nova utilização dos ambientes e habitats incluídos nas rotas, apetrechando os circuitos de observação com marcadores de rota, placards de informação com a caracterização ecológica, registo sistémico da flora e da fauna, economia tradicional (agricultura, aquicultura, salinicultura, gastronomia), património, paisagens e lazer;

▪ Contribuir para a preservação de áreas ribeirinhas, matas, marinhas, sapais, salinas, dunas e praias;

▪ Colaborar nas iniciativas das associações locais de defesa do meio ambiente, nomeadamente a campanha lançada pelas associações Aquamondego e Pró-Fauna, no sentido de sensibilizar os orizicultores para a necessidade de práticas biológicas que permitam associar a engorda de peixe à produção de arroz, permitindo a redução do uso de pesticidas nos campos alagados;

▪ Promover a produção aquícola de espécies oceânicas para garantir alimentos e preservar os recursos marinhos, incentivando as iniciativas de repovoamento biológico do oceano;

▪ Sensibilizar para a necessidade de proteger o património paleontológico, arqueológico e histórico da região;

▪ Conceber e produzir panfletos, folhetos e outras formas de divulgação das rotas ecológicas.

Sumário - Summary

Promover o convívio ao ar livre, a socialização entre comunidades dispersas, o conhecimento e a percepção estética dos valores naturais, a preservação dos recursos bióticos, culturais e de cidadania através da prática do pedestrianismo em circuitos orientados para a preservação da natureza apetrechando-os com marcadores de rota, placards de informação com a caracterização ecológica, registo sistémico da flora e da fauna, economia tradicional (agricultura, aquicultura, salinicultura, gastronomia), património, paisagens e lazer.
----------------------------------------------
To promote mingling in the open air, socialization among diverse communities, the acknowledgment and the aesthetic perception of the natural values, the preservation of the biotic, cultural and citizenship resources through the praxis of pedestrianism in oriented circuits for the preservation of nature. This will be achieved with the help of markers of the different ways, information placards in which there will be ecological characterization, systemic registers about the fauna and flora, traditional economy (agriculture, aquaculture, salt culture, traditional food), patrimony, landscapes and free time activities.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Projecto Agir‐Ambiente 2008

Biodiversidade e Estilos de Vida

Enquadramento

O concelho da Figueira da Foz possui ecossistemas, biótopos e habitas muito ricos e diversificados, mas sujeitos a impactes, por vezes profundos, das áreas urbanas, industriais, portuárias e, também, do abandono e desleixo por desconhecimento e maus hábitos das populações.
Certas unidades territoriais mais sensíveis sofrem pressões diversificadas que põem em risco o equilíbrio natural e a biodiversidade, enquanto noutras a destruição de peças valiosas do património histórico‐cultural parece ter tomado um rumo irreversível.
A ausência de massa crítica e a fraca capacidade de iniciativa de cidadãos cada vez mais confinados ao espaço urbano, ao comodismo do automóvel e às monótonas e limitadoras experiências vivenciais em superfícies comerciais repletas.
Nessa medida, vinca‐se a necessidade de informar e sensibilizar as populações para a mudança de hábitos e para estilos de vida saudáveis, ao mesmo tempo que participam em programas de educação ambiental e de defesa do património que lhes permitam usufruir plena e racionalmente das paisagens e dos recursos naturais.